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PLAGIOCEFALIA, NEURODESENVOLVIMENTO E ESCALAS BAYLEY
No início de abril foi comemorado o “Dia Mundial das Assimetrias Cranianas”. Essas assimetrias se caracterizam por deformidades no formato da cabeça do bebê e se tornaram queixas mais frequentes principalmente nas últimas décadas, após a introdução da recomendação de se colocar os bebês para dormirem em decúbito dorsal com o objetivo de reduzir a síndrome da morte súbita. Dentre as assimetrias, a plagiocefalia é a mais comum em recém-nascidos e se caracteriza por um achatamento que confere ao crânio um formato semelhante ao de um paralelogramo. A plagiocefalia recentemente passou a fazer parte de estudos que investigam aspectos do desenvolvimento infantil. Grande parte destes estudos se baseou em pesquisas que utilizaram as escalas Bayley.
A psicóloga Anita Gavioli pesquisou sobre o tema e concluiu que os estudos mais recentes apontaram evidências da relação entre plagiocefalia e risco aumentado de atrasos no neurodesenvolvimento. Entretanto estas pesquisas são cautelosas ao dizer que os mecanismos desta relação ainda não estão claros e que as evidências apresentadas não sugerem a plagiocefalia necessariamente como a causa de atrasos no desenvolvimento e sim como um marcador biológico importante para diagnostico de riscos elevados de atrasos, sendo necessário a realização de novos estudos.
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